O Rio que se queria negar é uma exposição itinerante, promovida pela Fiocruz, que traz ao público o acervo fotográfico do antropólogo americano Anthony Leeds.
Nosso desafio foi representar o ambiente das favelas do Rio de Janeiro na década de 1960, objeto de estudo de Leeds, e explorar visualmente seu acervo fotográfico.
Nossa inspiração principal para criação do projeto da exposição e da programação visual da exposição foi a proliferação orgânica das habitações e as relações de pouca privacidade características das favelas. A todo momento o público era instigado a vivenciar a organização singular das favelas e a observar bem de perto algumas práticas comuns e a falta de estrutura básica desses ambientes.
A primeira montagem da mostra ocorreu no Museu da República, no Catete. Além da parte interna do Museu, intervimos também sua em sua fachada, na calçada frontal e na aleia do jardim principal do Palácio do Catete.
Criamos o lettering da exposição com base na forma de organização e adaptação típicas das construções das favelas. Ao passo que o contraste de preto e branco refletem a situação social da época.
A segunda montagem da mostra foi realizada no Museu da Vida, Fiocruz, em 2017.